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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Review - Show Iron Maiden



Rááááá! Abestado! Achou que não ia ter review hoje? Pois se enganou redondamente! Cá estou eu para falar do show Curitiboca do Iron Neidi! E olha que de Iron eu manjo pacas hein?

Pois é, nem o fato de roubarem meu celular durante o show conseguiu estragar a noite da apresentação da Donzela de Ferro. Isso mesmo, algum "dedos-leves" me fez o favor de levar embora aquela tralha que eu chamava de celular. Hehehehehehehehe! Oh well, azar o dele...

Mas, de volta ao show, cheguei na Expotrade de Pinhais um tanto em cima da hora, já pelas 7 e pouco da noite, e tenho que elogiar a organização do evento: não encontrei nenhuma dificuldade nem tumulto para estacionar o carro no próprio local, não fiquei quase tempo nenhum esperando em filas nem nada.

Enfim, perto das 8 da noite entrou adivinha quem para o show de abertura?! Isso mesmo, Motorocker! O arroz de festa dos show de metal de Curitiba. Mas dessa vez eles tinha uma tarefa responsa: animar os não sei quantos milhares na platéia e esquentar para o show do Iron. E não é que conseguiram? Como eles estão acostumados a tocar para públicos menores, o nervosismo no começo foi evidente. Mas depois se soltaram e mostraram quem realmente são: grandes artistas (e da nossa terra ainda). A galera correspondeu à altura, cantando - de cor e salteado - as músicas da banda. Foi uma recepção tão calorosa quanto (ou até mais!) a do Sepultura abrindo o show do Ozzy. Tocaram músicas próprias como Igreja Universal do Reino do Rock e Salve a Malária, e fecharam o show com chave de ouro com Let there be Rock do AC/DC, banda da qual a Motorocker foi cover por muitos anos e ajudou a consagrá-la.


E, assim como o madman, os ingleses do Iron nos mostraram novamente o que é a pontualidade britânica, e 21h em ponto, ouvia-se timidamente o comecinho de Doctor Doctor, música do UFO que sempre anuncia o começo do show da Donzela.

E que show.




A introdução do novo disco, Satellite 15 começa a rolar no telão, mostrando o Eddie alienígenas e aquele monte de lenga lenga sci-fi que é tema desse novo disco. Logo em seguida aparece titio Bruce gemendo a introdução, também no telão. Finalmente a intro acaba e a banda já aparece bombando e mandando The Final Frontier, música título do novo álbum. Por increça que parível, parecia que todos na Arena Expotrade sabiam a letra da nova música de cor e salteado. 


Na seqüência, começa a famigerada cavalgada de Steve Harris no baixo: era hora de Eldorado, música que foi o primeiro single deste álbum novo. E tenho que admitir que ela é muito mais empolgante e pesada ao vivo do que no disco. Mas pelo jeito a galera não fez o dever de casa e desta todo mundo só sabia o refrão.


A terceira música - e a que realmente incendiou o público - foi Two Minutes to Midnight com seu riff inconfundível (minto, é bem confundível sim, saca só nos vídeos abaixo). Mas como clássico é clássico e vice-versa, todo mundo cantou uníssono a plenos pulmões (menos a terceira estrofe que ninguem - menos eu - sabe!)





Pra não perder o embalo do novo disco, agora era hora de Talisman e Coming Home. Ambas as músicas são meio bichas. Mas ainda assim, como El Dorado, não imaginava o peso que elas tinham ao vivo! As canções foram bem recebidas pela platéia (mas ninguem sabia porra nenhuma pra cantar junto).


 Falando em bichisse, estava na hora da longa (porém épica) Dance of Death, do álbum homônimo. Gosto muito dessa música, mas em um show ela pode ficar um tanto cansativa. Mas fiquei bem feliz porque nunca tinha visto ela ao vivo, e gostei bastante do resultado.


Novamente titio Bruce conseguiu ferver a galera, vestindo sua fardinha de soldado e empunhando uma bandeira da Inglaterra: após várias baladinhas mais lentas, The Trooper veio para nos lembrar que estávamos em um show do Iron Maiden.


Depois foi a vez da dobradinha do álbum Brave New World: Wicker Man e Blood Brothers. Legais, mas desnecessárias. Como eles já tem registro em vídeo dessas músicas no Rock in Rio de 2000, acho que seria mais pertinente se eles tocassem algumas outras desses álbuns novos, que ninguem viu ao vivo ainda, ou até mesmo repaginar alguma da era Blaze, como eles vinham fazendo em algumas turnês. Algumas do Virtual XI cairiam como uma luva no clima de Sci-fi do novo disco.


Logo mais, Steve Harris & cia. mandaram a úlitma do disco novo no setlist: When the Wild Wind Blows. Legal, bacana, som meio progressivo, mas ali no contexto meio que não fedia nem cheirava. Mas, como já falei, já fui na outra turnê (Somewhere Back in Time) ver os clássicos, nessa até estava preferindo ouvir coisa nova.


Mas enfim, era hora de destrinchar os clássicos: primeiro The Evil that Men do, música preferida do Felipe Dylon, seguida pela manjadíssima (e eu já tô de saco cheio) Fear of the Dark, pros posers cantarem junto e mostrarem que "manjam".


E, finalmente, estava na hora do Eddie. As guitarras anunciam o começo de 'Iron Maiden'. Mas infelizmente o Eddie que entrou no palco foi o júnior, aquele que sempre passeia pelo palco e o Janick Gers (babaca) fica fazendo firula. Confesso que fiquei muito decepcionado, pois esperava aquele Eddie gigantesco que saía de trás do palco, como no show de Sampa e do Rio. Enfim, acho que o modesto palco da arena Expotrade não comportava a estrutura (ou os caras foram cuzões mesmo e não quiseram levar).



Encerrada a parte principal do show, era hora do encore. Três músicas, também clássicas do Maiden, encerraram a noite: The Number of the Beast (óbvio), Hallowed be Thy Name (obóvio - outra que meio que já me deu no saco) e Running Free (!!!) - essa sim, fiquei mais faceiro que guri de bombacha nova ouvindo. Bruce aproveitou a ocasião para apresentar a banda, tacar sua toca suada pra galera (eca!) e fechar o show.

O que eu achei? Caras, é sempre emocionante (e escorre uma lágrima) ouvir o Bruce dizer 'Scream for me ', muito embora ele ainda não tenha aprendido a falar 'Curitiba' e falar algo do tipo 'Tchiuritchiba' (e eu juro que em algum momento ele quase falou 'Argentina'). Mas, em relação ao outro show que fui (de 2008), este teve seus altos e baixos.

Primeiro que o show de 2008 era só de clássicos, aí já é uma grande vantagem. Mas como já falei nessa tour até estava aberto (ui!) a novidades em detrimento dos Great Old Ones. Maaaaaaaaaaaasss, mesmo tocando várias músicas dos últimos 4 álbuns que marcaram a volta de Bruce (na verdade 3, pois não tocaram nenhuma do AMOLAD), ainda sim o repertório foi muito manjado. Poderiam ao menos ter desenterrado uma ou outra do fundo do baú (além de Running Free).

A arena Expotrade também não é lá um dos melhores lugares para um show deste calibre, a Pedreira (volta Pedreira!) parece ter muito mais estrutura (quem sabe o Eddie Gigante não pintaria se o show fosse lá?), além de ter uma acústica anos-luz melhor. O show do Iron em 2008 fazia vibrar o esterno; o de ontem algumas vezes o som parecia até estar baixo. Pra não dizerem que eu só xinguei a Expotrade, os vocais estavam bem melhores em relação ao show de 2008, era realmente possível perceber a voz característica do Bruce, enquanro que em 2008 a voz soava um pouco metálica (voz de pato - QUÉ!).

Mas se o local do show não colaborou, a qualidade técnica da banda é incontestável. Eles são realmente fodas, praticamente infalíveis. Parece que você está escutando um disco de estúdio ao vivo, se é que você me entende. 

Eu sou meio suspeito pra falar, afinal sou fã do Iron desde criancinha (literalmente) e iria no show deles até debaixo d'água. Merece o...


Se eles voltarei para Curita um dia, estarei lá com certeza. Até lá só espero que eu seja muito rico e o CnC já tenha virado um blog trilhardário para que eu possa bancar um ingresso na pista VIP!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Review - Crysis 2



Aê macacada! Nessas férias magras de jogo, finalmente zerei o Crysis 2, segundo jogo zerado neste meu feriadão prolongado (o primeiro foi Red Dead Redemption, mas não vou fazer review porque o jogo já é véio!)

Crysis 2 Screenshot

Muito se falou desta seqüência, primeiro porque o primeiro Crysis era foda. Revolucionou tanto gráficos como jogabilidade e até hoje graficamente dá uma surra em muito jogo modernoso por aí. Tanto que ele foi lançado somente para PCs, porque consoles teoricamente num güentavam o tranco.

Crysis 2 Screenshot

Por isso quando a EA anunciou que Crysis 2 seria multiplataforma, muitos gamers de PC (inclusive eu) ficaram com o pé atrás, achando que iam nivelar os gráficos por baixo para serem compatíveis com consoles e yadda yadda.

Crysis 2 Screenshot

Mas não é que nos enganamos? Lógico, o gráfico de PC sempre será superior (como você pode conferir no vídeo abaixo), mas para consoles também  a Crytek fez um excelente trabalho (se bem que muita gente queixa que no PS3 o framerate varia demais e dá altos socos). Mas, pelo menos a versão de PC que tive oportunidade de conferir - e rodando no talo - realmente fica fácil afirmar que são os melhores gráficos já vistos em um jogo, e um vislumbre do que será a próxima geração de games. Tive a oportunidade ainda de jogá-lo em 3D, o que aumentou e muito a imersão do jogo.


O jogo é uma continuação direta do primeiro, você é um fuzileiro naval chamado Alcatraz que acaba sendo meio que exprudido e acaba herdando a nano-suit do Prophet, do Crysis 1. A ação é transportada agora da  remota ilha de Lingshan pra Nova York, e, enquanto você foge dos soldados e o caos urbano impera, começa a invasão alienígena.

Crysis 2 Picture

A Nova York destruída é de encher os olhos: ruínas da estátua, ponte de Manhattan, Central Park, todos reproduzidos com perfeição. As explosões também são fodas, teve uma hora que eu REALMENTE achei que um prédio ia cair em cima de mim.

Crysis 2 Picture

Os controles estão bem mais dinâmicos que o primeiro. Eu lembro que para acionar os poderes da nano-suit  era preciso acionar um menu radial e escolher o poder. Agora não, tudo é feito por teclas de atalho, ou, algumas vezes até automático (como no caso da corrida). Basicamente são três poderes: cloak (tipo aquela do predador), maximum armor (armadura) e maximum power (basicamente para corridas, saltos longos e melee). Crysis é um jogo meio difícil, então a combinação destes três poderes é essencial para obter sucesso.

Crysis 2 Screenshot

A navegação  também excelente é toda feita pelo HUD da nano-suit, o que dá uma impressão bacanuda de que você realmente está dentro da roupa. A customização de armas, que sempre achei um ponto forte do primeiro jogo, está de volta: você pode escolher tipos de mira, silenciador, etc, para todos os tipos de armas. Aliado à isso, agora sua nano-suit também é passível de customização, ao matar alienígenas você ganha pontos que podem ser usados para comprar upgrades.

Crysis 2 Screenshot

A história flui como um filme. Mas como agora você está em meio ao caos urbano, e não no meio de uma selva numa ilha do pacífico, o passo é bem mais acelerado: às vezes fica impressão que você não pode nem respirar. Essa ação ininterrupta lembra muito Vanquish, com a diferença que a campanha de Crysis é (no mínimo) duas vezes maior.

Crysis 2 Screenshot

Felizmente Crysis 2 não padece do mal que aflige praticamente todos os FPS atuais: você é senhor da situação, pode escolher seu caminho pelo campo de batalha, e raras vezes o computador joga por você (apenas em cinematics e tals...). A maioria dos tiroteios ocorrem em grandes "sandboxes", ou seja, terrenos amplos onde você pode montar sua própria estratégia. Quer ir stealth? Ótimo. Quer ficar de sniper? Bão também. Quer entrar "all gunz blazing"? Melhor ainda! A nano-suit também tem um visor que mostra marcadores táticos para que você possa seguir seu plano de ação (identifica onde tem turrets, estoques de munição, onde é melhor pra ir mocado, etc.)


Crysis 2 Screenshot

Uma das únicas falhas que posso apontar é a pouca utilização de veículos (pelo menos em relação ao primeiro). Em Crysis 2 você pilota tanque / jipes no máximo 2 ou 3 vezes durante o jogo, pilotar aqueles aviõezinhos então? Nem pensar!

Crysis 2 Screenshot

Outro defeito é o final meio apressado e a ausência de um "chefão" final... Pô, cadê aquela nave-mãe gigantesca do primeiro?! Eu gosto de socar alguma coisa grande no final de um jogo desses (ui!)!

Crysis 2 Screenshot

Mas os (poucos) defeitos são de longe ofuscado pelas qualidades, e Crysis 2 ainda é um jogo fodasso que será lembrado por gerações (ou nem tanto).

Crysis 2 Screenshot

Não é perfeito. Mas é quase.

Nota 9,5.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Review - Deadgirl


Deadgirl movie poster

Aeee! Overdose de reviews aqui no CnC hoje! E agora mais um filme de Zumba! A bola da vez é Deadgirl, o filme de zumbi mais doideira que eu já vi!


Deadgirl é uma produção independente de 2008, e o que me levou a ver o filme foi um review no IMDb dizendo que era o filme de zumbi mais perturbador de todos os tempos! Aí com toda minha curiosidade fui procurar na minha importadora para assisti-lo.

Photo #2

O filme basicamente conta a história de dois colegiais meio porra-loucas que, ao invadirem um hospício abandonado para zoar, acabam encontrado uma mulher nua acorrentada no porão. Mas com um detalhe: ela não pode morrer, não fala, só emite grunhidos, e curte uma carne fresca. Ou seja, a mina é um zumbi!

Photo #4

O curioso de Deadgirl é que há uma inversão de valores aqui. No filme, o (a) zumbi não é o vilão, e sim a vítima. Oboviamente os moleques do colegial, com os hormônios à flor da pele, começam a abusar sexualmente da pobre zumbi, e isso é o grande trunfo do filme, e também o motivo dele ser tão perturbador: Em certo momento, os guris começam inclusive a tirar de cafetões, levando outros moleques para o pinel em troca de dinheiro.

Photo #5

O filme cumpre o que se propõe: cria o clima de suspense certo para a situação e choca como gostaria de chocar. O final também é surpreendente e passa - e muito - longe de todos os pseudo-moralismos que são  impostos em produções hollywoodianas do gênero. Isso me agradou bastante, já que essa onda do politicamente correto já deu no saco.

Photo #6

Enfim, Deadgirl não sei se pode ser considerado exatamente um filme de zumbi, mas é uma boa produção independente de horror, crua, real e intensa que passou longe dos dedos eróticos (que costumam foder tudo) dos grandes estúdios).

Nota 7.


Review - Doghouse



Olha só, como estou encalhado numa fase do Crysis 2 sou bonzinho, resolvi fazer mais um review hoje... e olha só! Nada mais nada menos que um filme de zumbi! Doghouse! Yay!

 

A premissa do filme é bem simples: seis amigos (ou eram sete?) fogem das respectivas mulheres / namoradas / etc.  para passar um fim de semana "guy-only". Isso tudo para animar Neil, um dos amigos que recém divorciou e passa por uma depressão profunda. O lugar escolhido para  a farra foi a pequena cidadezinha no bosque chamada Moodley, a 300 milhas de Londres. O motivo? Moodley é conhecida por ter 5 habitantes mulheres para cada homem! É quase como Umuarama, só que lá na Inglaterra.



Só que o detalhe interessante é que a pacata Moodley foi alvo de testes governamentais de uma arma biológica, um vírus que transforma todas as mulheres em ZUMBIS. Aí a cagada tá feita!


Doghouse

Doghouse é, acima de tudo, uma comédia de humor negro. A exemplo de Shaun of the Dead, as situações tragicômicas são tão realistas que é impossível não se identificar com elas. Nenhum deles ali quer dar uma de Rambo: são apenas um bando de cabações tentando sobreviver. Isso gera as situações mais estúpidas e divertidas possíveis. Amigos deixando outros pra trás, carinha tentando improvisar lança-chamas que não dá certo, os caras se vestindo de mulher pra tentar se passar por zumbis, e por aí vai.



Os zumbis femininos tem um charme especial: como as mulheres mantém algumas habilidades que tinham quando estavam vivas, o que vemos são as mais variadas zumbis possíveis: a noiva,  a cabeleireira, a dona de casa gorducha ninfomaniaca, uma bruxa no melhor estilo Elvira, a açougueira, e por aí vai... zumbis extremamente criativos e com a maquiagem bem caprichada. Impossível não "simpatizar" pelo menos com algumas delas.

[doghouse02.jpg] [doghouse03.jpg]

Doghouse women! 
Olha as artes conceituais do filme que eu achei! Bacanudas né?

Mas quero deixar uma coisa bem claro: Doghouse é um filme para HOMENS. Nem adianta levar a mulher / namorada / comes pra assistir porque com certeza ela irá ODIAR. Tem piadinhas machistas durante o filme inteiro e até uma impagável discussão dos camaradas sobre qual das zumbis que eles achavam mais erm, well... comível.

Enfim, não é um primor de filme (acima de tudo é um filme B, apesar da produção caprichada) mas com certeza entrou pra minha lista de melhores filmes de zumbis junto com Shaun of the Dead, me rendeu algumas boas gargalhadas e um bom entretenimento!

Nota 8.

Review - Show Ozzy Osbourne



Neste último sábado, dia 02/04, este que vos fala foi conferir o show do Madman lá em Sumpaulo na Arena Anhembi. Aí obóviamente fiquei na obrigação de tecer um singelo review para vocês, prezados leitores do CnC.

Primeiro, queria deixar claro que nunca fui lááááááááá muito fã do Ozzy, respeitava muito o cara pelo trabalho que ele fez no Black Sabbath, mas sempre achei a voz dele meio grunhida e estranha. Sempre achei o Dio anos-luz melhor que ele, mesmo na época do Sabbath.

Então, definitivamente não sabia o que esperar desse show... e não é que eu fui surpreendido - e muito?

Apesar da forte chuva que castigava São Paulo, comprei uma daquelas capinhas de chuva vagabundas que os ambulantes vendem no local e assim que os portões foram abertos lá pelas 5 e meia da tarde, eu e meus amigos de bonde nos posicionamos bem em frente ao palco. E esperamos. Meus joelhos estão doloridos até agora, acho que não tenho mais idade pra esse tipo de coisa! Porque não fazem esses shows em estádios? Hehehehehe!

A abertura ficou por conta do Sepultura - banda que também não sou lá grande fã, mas tenho que admitir que eles bateram um bolão. Com seu frontman Djavan Derrick Green arriscando palavras - e palavrões - em português, a banda destrinchou um repertório bem variado, desde novas canções até as clássicas "das antigas" que até eu conhecia (War for Territory, Roots Bloody Roots). O show de abertura foi longo, com mais de uma hora de duração - e com direito a encore! Ao final, os fãs, já impacientes, gritavam pelo nome do madman.




Sinceramente, estava um tanto quanto desconfiado da longa duração do show de abertura, achava que era um prenúncio de que a atração principal iria atrasar. Mas que nada, às 21h30, com pontualidade britânico, o véinho maluco beleza subia ao palco.


Tenho que admitir que assim que Ozzy subiu ao palco, já virei um pouco mais fã dele. O madman é muito mais simpático e humilde ao vivo do que aparentava em vídeo. Prova disso que ele já entrou sorrindo e saudando os fãs.


E o show já começou com uma chapoletada: Bark at the Moon logo de cara, para bombar a adrenalina de todos os presentes! Em seguida, a única música do novo álbum, Let Me Hear You Scream, uma boa música e com um refrão mega-pegajoso!


Durante as músicas, Ozzy sempre tinha à mão uma mangueira de espuma para "lavar" o pessoal da pista premium (como se já não bastasse a chuva). Bom, ele forneceu o sabão, São Pedro forneceu a água, todo mundo saiu do show de banho tomado... eu acho...


Depois, veio a introdução de teclado que foi de arrepiar os cabelos da nuca: era hora de Mr. Crowley. Na música deu pra sentir bem o entrosamento dos músicos de Ozzy, ela foi reproduzida com perfeição. Logo em seguida, a banda já emendou um I Don't Know, outro clássico da carreira solo do véio.


A essas alturas, a chuva castigava a platéia novamente, e Ozzy, simpático como sempre chegou na beira do palco para também se encharcar e ser solidário com o público, e então entoou em alto e bom som "You know what? Fuck the Rain!!!", para o delírio dos presentes.


Logo em seguida, Ozzy mandou Fairies Wear Boots, clássico do Sabbath, e aí sim percebi que o show valeria - e muito - a pena. Na seqüência, Suicide Solution e Road to Nowhere, War Pigs (também do Sabbath, muito foda), Shot in the Dark, Rat Salad (Sabbath, destaque para o foderoso solo de bateria do Chiclete com Banana Tommy Clufetos.


Destaque também para o atual guitarrista de Ozzy, Gus G, que teve a árdua tarefa de substituir Zakk Wylde. Apesar de um ou outro fã mais xiita vaiar o guitarrasta e dizer que ele não é o Zakk,  Gus G conseguiu cativar a maior parte do público em seu solo de guitarra, principalmente ao tocar o choro de 'Brasileirinho' seguido por Eruption do Van Halen.


Logo após o solo de bateria, era hora de Iron Man. Todo o Anhembi cantou junto com o madman a música a plenos pulmões.

Para fechar essa parte da apresentação, Ozzy mandou uma dobradinha foda: I don't wanto to change the world seguida por Crazy Train, duas de suas músicas solo mais famosas, que tirou todo mundo do show e "encerrou" a apresentação.


Para o encore, todos os músicos saíram do palco menos o próprio madman, que continuou agitando a platéia e fazendo todo mundo entoar o mantra "One more song, one more song". Ozzy, respeitando o pedido dos fãs mandou Mama I'm coming home, uma balada que não necessariamente se encaixa muito no espírito do encore, normalmente formado por músicas mais agitadas.

Mas a calmaria não durou muito, logo em seguida já se ouvia o riff do começo de Paranoid. E com chave de ouro, o madman fechou - agora sim - sua apresentação.

Os fãs ainda pediam por No More Tears, que não foi tocada. E nem fez falta.

O madman Ozzy provou que ainda tem disposição pra deixar muito garotão com inveja. A idade e o estilo de vida que ele levou tiveram seu preço, mas nem por isso ele deixou de animar a galera e fazer o que faz de melhor.

Antes do show, eu não poderia me considerar exatamente como um fã do Ozzy. Após este show sim.



SEPULTURA
1. Arise
2. Refuse/Resist
3. Dead Embryonic Cells
4. Convicted In Life
5. Choke
6. Seethe (música nova)
7. Troops Of Doom
8. Septic Schizo
9. Escape To The Void
10. Meaningless Movements
11. Territory
12. Inner Self
13. Roots Bloody Roots

OZZY OSBOURNE
1. Back At The Moon
2. Let Me Hear You Scream
3. Mr. Crowley
4. I Don't Know
5. Faires Wear Boots (BLACK SABBATH)
6. Suicide Solution
7. Road To Nowhere
8. War Pigs (BLACK SABBATH)
9. Shot In The Dark
10. Rat Salad (BLACK SABBATH)
11. Iron Man (BLACK SABBATH)
12. I Don't Want To Change The World
13. Crazy Train
14. Mama I'm Coming Home
15. Paranoid (BLACK SABBATH)